Hoje somos apenas miragens de tudo que alguém viveu, e aqueles que já viveram um dia foram miragens de outras pessoas que já haviam vivido, e vem sendo assim: um ciclo vicioso e sem fim, onde vidas humanas passam e repassam como um filme sem final feliz... Para alguns somos tudo que alguém já desejou, já planejou e já sonhou, para outros tudo que já recearam, evitaram e se amedrontaram... Somos restos precários que já sobrou de algo que um dia podia ser considerado humanidade ou somos nuvem e céu que merecem ser tratados como peças raras?
Ás vezes eu me questiono e não acho uma resposta concreta e com algum argumento convincente... A única resposta que eu consigo achar é o fato de eu não saber mais o que somos...
O único argumento cabível que nós designava seres humanos está entrando em extinção no século atual, os sentimentos... Sim aqueles que fazem de nós suaves como a brisa que encobre cada amanhecer, radiantes como o sol que ilumina e traz uma nova perspectiva a cada dia, leves como a pluma que escapa timidamente dos travesseiros que todas as noites abarcam nossas cabeças, cheios de energia como o sorriso inexprimível de uma criança, rancorosos como a calmaria das montanhas que tem muitas historias pra contar, negros como a escuridão que assombra a humanidade... Mas acima de tudo, aqueles sentimentos que fazem e que tem feito com que muita gente ao menos se conformasse em viver nesse mundo hipócrita e hedonista, a viver no meio de pessoas que vem se transformando com uma velocidade monstruosa em seres repugnantes e sem valores emocionais... Vivemos cada dia de nossas vidas como se tivéssemos a nosso dispor uma fonte inesgotável de tempo... Acordamos de manha, ligamos a televisão e assistimos
Vemos os dias passarem, o sol ir embora e dar lugar a lua e ninguém mudar... Vemos o ir e vir das pessoas, e não é um ir e vir incomum, é algo vazio e já esperado... Como se aquelas pessoas do passado tivessem planejado toda a vida de varias gerações a frente delas... É como se fossemos apenas fantoches desenvolvendo uma peça já escrita!
Por: ANA GABRIELA LOBO
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