Outro Olhar...

Á medida que você vai evoluindo tanto mentalmente quanto fisicamente você vai descobrindo a vida.

          Quando você tem três meses você começa a descobrir suas mãozinhas, com quatro meses você começa a sorrir, com cinco meses você acha muita graça do seu reflexo no espelho, com seis meses você já senta apoiado em almofadas, com sete meses você esta tão confiante em si mesmo que quer comer sozinho, com oito meses você tenta imitar tudo que os seus pais fazem, com nove meses você já esta pegando pequenos objetos com facilidade, com dez meses você já é capaz de reconhecer seus brinquedos favoritos, com onze meses você já esta engatinhando pela casa inteira com rapidez, com doze meses você já pegou tanta confiança em sua mãe/pai que você entrega seu corpo a eles e de mãos dadas a um deles você já consegue dar os primeiros passos... Isso se chama evolução, você evoluiu fisicamente e assim mentalmente também.

          Quando você tem seus dez, onze, doze anos o seu mundo é uma maravilha, você só presta atenção em si mesmo e não consegue perceber nada a sua volta. Você já esta bem desenvolvida, mas não ainda a ponto de olhar mais fundo as coisas, você olha, mas superficialmente. Nessa idade (entre seus dez até os doze) seu mundo é constituído apenas por coisas como: O menino da escola que você gosta, as tarefinhas da escola que ocupam todo o seu tempo livre (que é bastante tempo), que roupa você vai para escola, ficar na casa da vizinha jogando conversa fora, enfim é tudo isso e mais um pouco.

          Você se desenvolve mais um pouco e quando você pega seus quatorze anos não existe mais o menino da escola, pois você acha isso criancice, agora que você já está no ensino médio a sua responsabilidade multiplica quanto aos estudos, roupas já não importam mais, você vê que não tem mais tempo livre.

          

          Com quatorze anos você já se desenvolveu o bastante para então começar a perceber com mais profundidade as coisas a sua volta. Sua família que com dez anos você achava ser perfeita com quatorze você vê que não é, problemas como desunião com dez você pensava nem existir já com quatorze você descobre que ele esta na sua família, com dez anos você era fera em matemática já com quatorze você descobre a física e vê que não é tão boa quanto pensava ser, com dez anos você adora ler já com quatorze você descobre livros como Senhora (Jose de Alencar), Dom Casmurro (Machado de Assis) e percebe que não é mais tão divertido, com dez anos você olhava a sua volta e pensava que o mundo era perfeito e era o melhor lugar para se viver já com quatorze você olha a sua volta e começa a perceber a discórdia, a miséria, a dor, a inveja, as desgraças existentes o mundo então você descobre que ele não é bom e nem perfeito, com dez anos você confiava plenamente nos seres humanos já com quatorze você vê a maldade neles, você não confia mais neles mas tem uma grande esperança que um dia eles possam mudar...

          Então você para pra pensar e descobre que se desenvolver, abrir os lhos perante o mundo, abrir os olhos e olhar a sua volta não é tão bom quanto parecia ser há quatro anos atrás. Nasce aquela enorme vontade de voltar no tempo quando você ainda tinha dez anos e parar lá mesmo. Pensamos então que ás vezes abrir os olhos nem sempre é a melhor coisa a se fazer, mas que é preciso... E é nesse momento que você descobre que ás vezes você precisará sofrer para então alcançar a felicidade, que o dia de hoje por mais que ele esteja difícil sempre haverá o amanha e com ele novas esperanças, você perceberá que para achar a pessoa certa, a pessoa com quem você quer ficar velhinha muitas lágrimas terão que ser derramadas, você percebera que o mundo nunca foi perfeito e nunca será porque a perfeição não existe... Então você verá que se desenvolver e abrir os olhos foi bom, e verá também que isso é algo preciso e inevitável!

Por: ANA GABRIELA LOBO